O MAR
Meus pés à sua beira,
como se sua imensidão
já não fosse o bastante,
suas ondas
em modo constante
impõe em mim
a contemplação
de um velho monge tibetano.
Vejo no mar o infinito de Clarisse,
Sinto nele, a divindade de Iemanjá.
Tudo é simplesmente lindo.
É tudo e é simples.
Não me iludo.
Eu sei que não seria em muita dor,
que não seria nada menos
que uma verdadeira tragédia.
Sim, seria trágico,
mas eu também sei,
que seria uma das maiores honras,
morrer no mar.
04 janeiro 2010
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