01 outubro 2008

Mata-Munhoz


Vastos campos floridos incendeiam
De assalto meus ouvidos me chateiam
Brada forte o alarido em desespero
Fogo alto tomará todo o terreiro

O medo alarde na imensidão
Perde-se a vista num calor d'inferno
Enquanto tudo se julgava eterno
Queimam as faíscas em ingratidão

E num lamento assim se vão as flores
A graça e a vida queimam-se a jamais
De pronto nada já não resta mais

Há quem lamente, pois, o fim das cores
Não vê aquele que as flores ama
Muito mais bela há de ser a chama