09 agosto 2007

Maia Bruel

Foi-se ao cerrar da janela em foice a esperança,
Há esperança!? Em mim, a mim só me restou a vingança
De um dia quente, imundo, ocre de lembrança
Arranhada, filha da fúria, injúria e vingança (0bstinança).

Lhe destronarei o trono gordo de meus silêncios fartos,
Calcularei com calma fria e branca a agonia tua do meu parto,
Lhe amarelarei os dentes enxertando ódio no teu riso, farto,
Lhe mandarei espelhos de escárnio.
Friso, repito: traira os deusess da tormentas,
Chegar-te-a em casa tua carta-sangue de presságios
A ti o infortúnio abaterá lenta

Em desalento profundo de silencioso desespero o futuro a ti será miséria de
Sofrer a solidão em degredo,
Esquecido, náufrago, segredo.

2 comentários:

Anônimo disse...

Uuhuu!
that's strong!
i like the way you hate!

Matinha

Anônimo disse...

Mata: vc tem algo de tango argentino em seu ser, um misto de Nietzsche e Lou Salomé.
Isso se seu ser estiver explanado em suas poesias.
Abraços do Lúcio Jr