01 outubro 2008

Mata-Munhoz


Vastos campos floridos incendeiam
De assalto meus ouvidos me chateiam
Brada forte o alarido em desespero
Fogo alto tomará todo o terreiro

O medo alarde na imensidão
Perde-se a vista num calor d'inferno
Enquanto tudo se julgava eterno
Queimam as faíscas em ingratidão

E num lamento assim se vão as flores
A graça e a vida queimam-se a jamais
De pronto nada já não resta mais

Há quem lamente, pois, o fim das cores
Não vê aquele que as flores ama
Muito mais bela há de ser a chama

Um comentário:

Anônimo disse...

Sou grato pela admiração, caro poeta-filósofo. Admiro também sua forma impecável e a descrença pessoana e lírica expressa em seus versos... Continuarei a revisão, caro Munhoz, pois este é um conto de juventude... Ainda mais jovem era quando o concebi, quando ele veio até mim, quando o gerei em seus esboços esquálidos... A revisão é necessária não para atualizá-lo, aí estaria o matando, mas no sentido de clarificá-lo e selecionar as palavras certas à sua arquitetura... Críticas estilísticas, poéticas e estéticas são bem vindas.
Aguarde