Manguezal Paradisíaco
Piso em terra, pelo asfalto
Negro vejo dias brancos
Pisca alerta, alarme alto
E o canto:
Trópico espiral
Montanha russa desembestada
Raptos a cem por hora
Lapso a troco de troncos
Janela espia dorsal
Caranguejo
Por inquietos instantes,
Narcotráfico lampejo
Beira televisiva companhia
Assiste sede de cartão postal
Palmeiras, lama, AR 15, cacal
Poder abusivo
Poder paralelo
Poder aquisitivo: compro
De sabor morango o preservativo
(Preserva o sexo
Preserva vida) e
Um telefone fotográfico que sorteia luz no salão
Destino: nuca e pescoço
Virtual vampiro moço em
Nua peleja:
Teus (an)seios (an)corados em sutiãs,
Minhas ruas
Ver conjunto só
Não basta
Punhal de solução
Monte sem vento,
Perto está longe..
06/2000
26 dezembro 2009
13 dezembro 2009
César G.
Currículo de Vida
Escrevo
minha matéria é o risco.
Vivo
minha matéria é o risco.
Arisco em meio à desordem,
arrisco:
Desarrumo – Desafino – Desafio – Desconfio – Descabelo –
Dispiroco – Desagrego
De Drummond a Torquato, o anjo continua sua queda eterna:
Quando eu nasci, um anjo porco, meio punk, meio lôco, disse pela minha boca,
rota:
Soul assim meio...
Dionísio – seguindo a poliédrica ordem do caos, cá e lá, lá e cá.
assim meio...
Blake – passei do excesso, majestosa sabedoria dos limites além.
meio...
Rimbaud – meus desregramentos deliberados, orgias de sentidos mistos, místicos, múltiplos, mínimos.
E sigo,
tomando porrada,
ralando.
Mas, afinal, quem não rala não goza.
minha matéria é o risco.
Vivo
minha matéria é o risco.
Arisco em meio à desordem,
arrisco:
Desarrumo – Desafino – Desafio – Desconfio – Descabelo –
Dispiroco – Desagrego
De Drummond a Torquato, o anjo continua sua queda eterna:
Quando eu nasci, um anjo porco, meio punk, meio lôco, disse pela minha boca,
rota:
Soul assim meio...
Dionísio – seguindo a poliédrica ordem do caos, cá e lá, lá e cá.
assim meio...
Blake – passei do excesso, majestosa sabedoria dos limites além.
meio...
Rimbaud – meus desregramentos deliberados, orgias de sentidos mistos, místicos, múltiplos, mínimos.
E sigo,
tomando porrada,
ralando.
Mas, afinal, quem não rala não goza.
Yeah!
08 setembro 2009
CABELOS AO VENTO
BARCELONIA
Quem foi que afirmou ser dificil comunicar
e deu o nome nessa dificuldade de torre de Babel?
Quem o fez não levou em conta que a fala
é só uma das maneiras de expressar.
O gesto diz
O corpo fala
E podemos estar juntos sim!
Calorosamente
Inocentemente juntos
Em silêncio, porque não?
Quem inventou essa torre tão intransponível de Babel
Queria que o verbo fosse o início de tudo
E a carne fosse fraca.
Quem inventou essa porra de Babel
Tinha lá suas intenções
Devia ser um chato
E não sabia ficar de boa
Não fazia sexo
A mais transcendental das comunicações!
Quem foi que afirmou ser dificil comunicar
e deu o nome nessa dificuldade de torre de Babel?
Quem o fez não levou em conta que a fala
é só uma das maneiras de expressar.
O gesto diz
O corpo fala
E podemos estar juntos sim!
Calorosamente
Inocentemente juntos
Em silêncio, porque não?
Quem inventou essa torre tão intransponível de Babel
Queria que o verbo fosse o início de tudo
E a carne fosse fraca.
Quem inventou essa porra de Babel
Tinha lá suas intenções
Devia ser um chato
E não sabia ficar de boa
Não fazia sexo
A mais transcendental das comunicações!
26 agosto 2009
Mata-Munhoz
Vastos campos floridos incendeiam
De assalto meus ouvidos me chateiam
Brada forte o alarido em desespero
Fogo alto tomará todo o terreiro
O medo alarde na imensidão
Perde-se a vista num calor d'inferno
Enquanto tudo se julgava eterno
Queimam as faíscas em ingratidão
E num lamento assim se vão as flores
A graça e a vida queimam-se a jamais
De pronto nada já não resta mais
Há quem lamente, pois, o fim das cores
Não vê aquele que as flores ama
Muito mais bela há de ser a chama
De assalto meus ouvidos me chateiam
Brada forte o alarido em desespero
Fogo alto tomará todo o terreiro
O medo alarde na imensidão
Perde-se a vista num calor d'inferno
Enquanto tudo se julgava eterno
Queimam as faíscas em ingratidão
E num lamento assim se vão as flores
A graça e a vida queimam-se a jamais
De pronto nada já não resta mais
Há quem lamente, pois, o fim das cores
Não vê aquele que as flores ama
Muito mais bela há de ser a chama
05 agosto 2009
Du Bruel
Rester Vivant
Je suis le ténébreux, le veuf, l inconsolé,
Le prince d Aquitaine à la tour abolie...
Ma seule étoile est morte, et mon Luth constellé
Porte le soleil noir de la melancolie...
Je suis le ténébreux, le veuf, l inconsolé,
Le prince d Aquitaine à la tour abolie...
Ma seule étoile est morte, et mon Luth constellé
Porte le soleil noir de la melancolie...
04 março 2009
Cabelo ao Vento
Para Galuber Rocha
Ritual de carnaval
Camadas e camadas
de alucinados
eu ali um nada
marcando o zero
os temas de carnaval
repetiam-se intensamente
durante todo o dia
Agora estávamos num transe perpétuo
só a música nos desperta
do sono do silêncio individual
Ritual de carnaval
Camadas e camadas
de alucinados
eu ali um nada
marcando o zero
os temas de carnaval
repetiam-se intensamente
durante todo o dia
Agora estávamos num transe perpétuo
só a música nos desperta
do sono do silêncio individual
Cabelos ao Vento
Aliviado do amor
solto pelas ruas
caminhei durante todo o carnaval
sem a pressão da paixão
Pássaro que voa sozinho
O céu é vasto
não tem quem me acompanhe
vejo tudo com o instinto
vou onde o vento me leva
o amor aprisiona
tanto quanto liberta
eu sou minha própria seta
pro infinito
solto pelas ruas
caminhei durante todo o carnaval
sem a pressão da paixão
Pássaro que voa sozinho
O céu é vasto
não tem quem me acompanhe
vejo tudo com o instinto
vou onde o vento me leva
o amor aprisiona
tanto quanto liberta
eu sou minha própria seta
pro infinito
17 fevereiro 2009
Marcos Sarieddine
Poesia dedicada ao choro matinal de Fredão em Macacos
Tem dias em que
as horas não tem fim.
Sou eu quem se apega
a fragentos de histórias passadas.
Você já deve estar
em outras águas,
bem mais mansas que as minhas.
Eu sou a tormenta sentimental.
Faz mal você de querer
temperaturas mais amenas.
Talvez nunca saberá
como se faz pra rir
ao mesmo tempo que chora.
Tem dias em que
as horas não tem fim.
Sou eu quem se apega
a fragentos de histórias passadas.
Você já deve estar
em outras águas,
bem mais mansas que as minhas.
Eu sou a tormenta sentimental.
Faz mal você de querer
temperaturas mais amenas.
Talvez nunca saberá
como se faz pra rir
ao mesmo tempo que chora.
08 janeiro 2009
Hélio Luís
Balada dos que viajam sem dinheiro e sem mulher
Aqui estou novamente! Fugir por amor é pouco.
Meu antigo amor se mudou, antes de mim ela planejou
Tudo o que eu lhe dizia ser minha vontade, ela antes
A mim fez, sem saudade. Nunca, jamais me revelou algo seu,ai,
Apenas perfidez. Agora ela se mudou pra mais distante
Do meu coração batido, pois ela sempre me usou bastante.
Ela, que me usurpou, largou o osso quando duro ficou,
Sem alvoroço, com frieza, quer continuar a me usar
Na sua fácil e alegre vida de princesa...
Sim, quando estava ela sem emprego,
Ela me empregou em trabalhos manuais sem recompensa...
E eu, que me julgava advertido, triste e calado
Fiquei com o coração assim, barato vendido.
Quem vê pensa, quem vê pensa que eu saí por cima.
Mas foi ela, a quem tudo confiei e que nada me confiou (ai, apenas perfídias),
Me usou e ridicularizou, brincou comigo em
Áspera e cruel dispensa. Mas fugir por amor é pouco!
Pois vou-me em busca de outros coitos
Afinal, o amor é isso:
Intenso, longo e prazeroso coito
Sim bora, pois se meu biscoito não afunda fica afoito.
Aqui estou novamente! Fugir por amor é pouco.
Meu antigo amor se mudou, antes de mim ela planejou
Tudo o que eu lhe dizia ser minha vontade, ela antes
A mim fez, sem saudade. Nunca, jamais me revelou algo seu,ai,
Apenas perfidez. Agora ela se mudou pra mais distante
Do meu coração batido, pois ela sempre me usou bastante.
Ela, que me usurpou, largou o osso quando duro ficou,
Sem alvoroço, com frieza, quer continuar a me usar
Na sua fácil e alegre vida de princesa...
Sim, quando estava ela sem emprego,
Ela me empregou em trabalhos manuais sem recompensa...
E eu, que me julgava advertido, triste e calado
Fiquei com o coração assim, barato vendido.
Quem vê pensa, quem vê pensa que eu saí por cima.
Mas foi ela, a quem tudo confiei e que nada me confiou (ai, apenas perfídias),
Me usou e ridicularizou, brincou comigo em
Áspera e cruel dispensa. Mas fugir por amor é pouco!
Pois vou-me em busca de outros coitos
Afinal, o amor é isso:
Intenso, longo e prazeroso coito
Sim bora, pois se meu biscoito não afunda fica afoito.
Assinar:
Postagens (Atom)