15 julho 2007

Marcos Braccini

o tiro saiu pela culatra
e eu saí a francesa
pela escotilha
não tive escolha
nem escolta
na volta para casa
e a minha promessa era
tentar ser discreto:
nenhum alarme
ou passos ruidosos
sobre o cimento
depois de quebrar a cara

Um comentário:

Anônimo disse...

Marcos: seu poema precisa de Romeu e Julieta:

"Romeu, Romeu, está morto o Bravo Mercúcio! Aqule falante espírito, que tão prematuramente desprezou a Terra, ascendeu às nuvens"...
"Julieta: oh, coração de esporte, oculto debaixo de um semblante de flores! Jamais um dragão guardou tão belo antro! Belo tirano! Angélico demônio! Corvo enfeitado de penas de pomba! Cordeiro com entranhas de lobo!"