29 setembro 2008

Mata-Munhoz


Não acredito na felicidade
Senão no rosto da mulher feliz
De resto, nada além de diz-que-diz
No rumo incerto d`inútil vontade

De tudo que possa em si existir
Afora o amor, só haverá matéria
Vazia, insípida e, ademais, estéril
Para o bem ou mal de nosso devir

Deste mundo nada se há de aprender
Pois de profundo tudo jaz no oculto
Seja ao bom peão ou ao homem culto

No mais, cabe somente apreender
O que nos possa vir ao coração
embalado em amor e em louca canção

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